O peso de se perder e não ter pra onde voltar… a sensação nula de esperança no que era crente em mim. Me vi paralisado olhando para as estrelas – conta-se nos búzios que eu vi um anúncio. Foram coisas que passam… se perdem e nunca mais são ditas. Proibidos anúncios. Mausoléu e maldizer, quase que sem falar. Eu sonhava sem escolha, bem mansinho e lá apareceu alguém pra me acompanhar.
Me abriu os olhos, cercou a minha alma do que o mundo mostrava de bonito e eu ali, senti o vento. Soprava… só então pisquei e parei de olhar pro céu. Era tarde demais para as tentativas de amar, coisas sobre a terra e 1822. Eramos livres com o sabor do que se colhe, todos os anos – plantando no passado e colhendo nunca mais. Esqueça, liberte-se, vivendo ele não precisa mais ser sempre original.
Os vidros de todos os celulares quebraram no momento da originalidade. Eram agora rostos que refletiam as rachaduras, as meias expressões, pouca vaidade e muita irregularidade. Se sentiram num mundo 2D, sem legendas ou belas visões, tudo estrábico e líquido. Assim se escorreu… a água do que era chama e brasa, escorria, lavava, limpava… apagou. Foi uma dor que nunca esqueci.
Ainda em erupção, brotou naquele rosto uma vontade de fazer. Pra falar, gritava. Pra ouvir, se calava. Via com muito esforço e sentia só as lembranças das dores que insistiam em não largar. Foi este o dia que então se livrou. Tolerando-se no silêncio da noite, observando o que a manhã traria hoje, almoçando o que cabia na boca e sem grandes novidades, sumiu. Tudo isso, pra se encontrar.
Igor Florim