Teatro velho das paixões terríveis
Todo caminho é uma loucura. Pensamentos atordoados por uma prisão que nunca liberta, apenas puxa mais pra dentro, arrebata e deixa marcas profundas (eram pesadas correntes). Peso em cima dos ombros: das coisas que nunca deveríamos tolerar. Impediu de ser diferente, maltratou muito. Muito. Causou dano. Açoite. Trato de crueldade. Deus.
Anotou cena por cena pra narrar emoção
Todo caminho era uma velha sequência de erros, acertos, frustrações. A incapacidade de entender o que era pra ele e o que não era… somente líquidos, pouco gesso. Do cimento arrancado viu um pequeno raio de sol. Televisão para o epílogo de uma terça-feira qualquer. Luz do mundo trazendo sinal de vida. Ele precisava se movimentar. Guerra.
A platéia invadiu a cena da confusão do mundo
Todo caminho era uma encenação que nunca levou a lugar algum: ruas sem saída. Becos velhos. Sobreviveu por pura sorte… teve medo de nunca se encontrar, afinal, quem o esperaria? Foi saindo pelas passagens de lugares que não dão muitas opções de fuga – pouco voo para muita navegação. Enganava, parecia ser busca e era achado importante.
Girando muito rápido deixou cair quem se agarrou
Aquele foi o caminho em que o obrigou a acalmar os ânimos. Ele acabaria se matando. Não se prende cavalo selvagem (livre por ser forte). A prisão o tornou tudo o que via de mais bonito no mundo. Todo construído… torre de babel. Pecinha por pecinha. Das coisas leves que se tornou, plantou uma árvore e nadou pra se refrescar. Que dia. Isso é 1822.
Não precisou de uma nova desculpa
Igor Florim