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A desatenção encontrou um sinal de vida

Eles esqueceriam de todos os caminhos por enquanto. Ficariam cegos sem planejar férias de paisagem que se vê. Foi como se perder num sábado de carnaval, havia algo ali que cutucaria bem dentro, que faria olhar diferente e encontrar uma brecha, um recanto, um acúmulo de vida onde nunca existira. Ele sorriu. Venceu a possibilidade e se concretizou.

Recolhendo os detalhes que nunca foram seus

Absorvia com rapidez a energia necessária para cada recomeço. Espaçado e estomacal: fisgou no íntimo do seu discurso. Tudo decorado… felicidade por felicidade. Rancor acumulado de outros invernos e assim seguiria completamente desnorteado com uma pancada bem dentro do seu coração. Podre. Em stand-by. Rindo de nervoso (sem parar).

Se afogou em um líquido que só escorre e nunca acaba

Baladas

Lucidez

Garganta

Uma antiga notícia chegou muito atrasada

Resolveu buscar alívio em outros carnavais. A ideia cresceu tanto que nunca mais desfez a mala. Aos poucos foi esquecendo ela aberta até que pulou pra fora numa oportunidade única de revolução. Abriu tudo só para me iludir numa fase de lucidez tardia. “A doida acordou” “Viu tudo rápido demais” – A bem da verdade, nunca havia sentido tanto.

Encontrou outras malas abertas e seguiu tomando pra si o que estava desempedido

Muita risada. Talvez se encontrou, mesmo sabendo que destino nenhum dura pra sempre. A aleatoriedade do que se conta é na verdade a compaixão com quem escuta. Não é todo mundo que merece uma notícia dessas. Respirei (estava acostumado) e corri atrás pra não perder. Foi por pouco, mas dessa vez, precisei me defender. Eu e um nome.

Saltou pra dentro da lacuna

Ficou lá para sempre

O conto acabou

Igor Florim

 

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