E quando todos os jóvens estiverem velhos?
Quando as ideias, as lembranças, as saudades, todas deixarem de existir?
E quando os sonhos todos forem por água-abaixo? Sem mais segundas chances.
Quando você for esquecido e não conhecer quase mais ninguém que te viu crescer.
Se você é suas vivências e lembranças, o que acontecerá quando você esquecer coisas? Você existirá menos, então?
Quando só haverá arrependimentos ou plenitudes.
Quando sua fisionomia, já não for mais como você e as pessoas te reconheciam.
Quando o passado já não mais importar, e do futuro, nada se espera.
Quando você olhar, passou. E você nem viu.
Neste dia, chegaremos no futuro. E atrás de você, tem uma cópia exata – exata (exata) da sua geração.
E os sonhos, agora terão vez?
E os amores, serão deixados novamente pelas mentiras?
E os filhos, serão abandonados ao nascer?
E os pais, serão esquecidos e mal-tratados antes da morte?
E as desculpas, serão proteladas por toda a vida?
“Assim foi o verão para o Gato Malhado e a Andorinha Sinhá. Tempo que passa, e a gente nem vê.” (Jorge Amado)
Igor Florim